quinta-feira, 12 de abril de 2012

Paraíba tem 2° pior índice de jovens aprendizes


Mais de 89% das vagas que deveriam ser destinadas a aprendizes na Paraíba não foram preenchidas no ano passado. Conforme levantamento realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), das 15.461 vagas que deveriam ser preenchidas por jovens com idade entre 14 e 24 anos que estivessem inscritos em cursos de aprendizagem na Paraíba, apenas 1.678 tinham sido ocupadas até agosto de 2011.

Com apenas 10,85% do total de vagas preenchidas até o oitavo mês de 2011, o índice de contratações de aprendizes na Paraíba foi o segundo pior do país, superando apenas Pernambuco, que preencheu apenas 9,06% das vagas. No país, a média de preenchimento das vagas foi de 20,89% e o melhor índice de preenchimento foi o do Espírito Santo (42,02%).

A cota de vagas que deve ser reservada para os aprendizes é determinada pelo artigo 429 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que estabelece que qualquer empresa com pelo menos sete empregados deve reservar, para os aprendizes, de 5% a 15% dos postos de trabalho que demandam qualificação profissional. É facultativa a contratação de aprendizes pelas entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação profissional, microempresas e empresas de pequeno porte – inclusive as que fazem parte do Simples.

Considerando o percentual mínimo que deve ser reservado aos aprendizes (5%), somente no ano passado, 13.783 jovens paraibanos com idades entre 14 e 24 anos deixaram de conquistar um emprego formal nas empresas que são abrangidas pela legislação e deveriam disponibilizar as vagas.


O problema nas contratações, consideradas uma das portas de entrada para o primeiro emprego, segundo a vice-coordenadora nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e Adequação do Trabalho Adolescente, Thalma Rosa de Almeida, está relacionado a fatores como a falta de divulgação dos benefícios entre as empresas e os jovens. “A divulgação com relação à lei precisa aumentar, muitas empresas ainda não têm conhecimento dos benefícios fiscais que podem ter ao contratar os jovens aprendizes”, comentou.

JP Online
 JEFTE NEWS

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