sexta-feira, 4 de maio de 2012

Irmão de Nelson Piquet é preso suspeito de dano ambiental no DF


O irmão do ex-piloto Nelson Piquet foi preso na tarde desta quinta-feira (3) suspeito de ser responsável pelo desmatamento de uma área de preservação ambiental em Brasília, segundo reportagem do Bom Dia DF. No local estava sendo ampliada uma pista de pouso e decolagem de aviões. Ninguém da família Piquet quis comentar o assunto.
Apesar de dano ambiental ser um crime inafiançável e o suspeito ter sido preso em flagrante, a defesa conseguiu uma liminar que garantiu a liberdade provisória do fazendeiro. Ela foi concedida por um juiz de plantão, depois do pagamento de uma fiança no valor de 15 salários mínimos à Justiça. Com isso, o irmão de Piquet deve aguardar o julgamento em liberdade.

“O flagrante foi concluído e será encaminhado para a esfera judicial. Só na fase judiciária esse crime pode ser fiançável e é também passível de liberdade provisória”, explica o delegado Ivan Francisco Dantas.
A pista fica a 3,5 quilômetros da Ponte JK, na Fazenda Piquet, atrás do condomínio Solar Brasília. A área destinada ao tráfego de aviões já existia e era regulamentada, tinha aproximadamente 760 metros de extensão. Mas estava sendo ampliada, segundo a Delegacia do Meio Ambiente (Dema), em mais 100 metros em uma área de preservação permanente da bacia de São Bartolomeu.
A polícia detectou a destruição da mata quando sobrevoava a região para identificar possíveis pontos de parcelamento irregular. Encontrou um desmatamento de quatro quilômetros quadrados. De acordo com a polícia, a obra foi iniciada há um mês, sem licença e sem um estudo de impacto ambiental.
Na fazenda de propriedade da família do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet foram encontrados vários funcionários além de um maquinário que fazia a remoção de terra e terraplanagem para a ampliação da pista de pouso.
A polícia já abriu inquérito para investigar o caso. Nos próximos 30 dias, serão formalizadas algumas diligências. Além disso, a polícia vai enviar ofício aos órgãos ambientais noticiando o fato para que sejam tomadas providências como a realização de vistorias regulares na fazenda e aplicação de multas.
Passada essa fase, o inquérito será encaminhado à Justiça para julgamento. Se condenado, o fazendeiro pode pegar de um a cinco anos de prisão.
g1

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