segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aos 101 anos, homem sobreviveu a câncer, Holocausto, e agora, Sandy


Aos 101 anos, Morris Sorid sobreviveu ao Holocausto, a um câncer colorretal e, agora, à destruição da supertempestade Sandy, segundo reportagem do ‘New York Daily News’ desta segunda-feira (5).
Aos 101 anos, Morris Sorid sobreviveu ao Holocausto, a um câncer colorretal e, agora, à destruição da supertempestade Sandy (Foto: Reprodução/New York Daily News)Aos 101 anos, Morris Sorid sobreviveu ao Holocausto, a um câncer colorretal e, agora, à destruição da supertempestade Sandy (Foto: Reprodução/New York Daily News)
“Eu fui quase destruído seis ou sete vezes durante minha vida”, disse Sorid, em sua cadeira de rodas. Ele é um dos cerca de 3 mil nova-iorquinos obrigados a sair de hospitais e casas de tratamento em locais como Rockaways, Coney Island e Queens antes da chegada da tempestade.
Sorid estava em um quarto particular no Nautilus Hotel e foi realocado para uma biblioteca no porão de uma casa de repouso em Kew Gardens, Queens, que divide com dois homens de 89 e 92 e seus enfermeiros. “Para falar a verdade, o furacão não me anima muito”, brinca.
Sorid também conta com a ajuda de um enfermeiro, Archie Catacutan. “No domingo eu expliquei ao senhor Morris que estava chegando uma calamidade, então nós precisávamos sair”, diz ele. “Ele procurava pelos filhos, Harvey e Victor, mas eu disse que eles estavam a salvo.”
Em 1939, Sorid era educador e vivia com a mulher, Regina, e uma filha pequena em Pruzany, na Polônia, hoje Belarus. Quando os nazistas invadiram o local em 1940, eles criaram um gueto judeu e, em 1943, foi iniciada a saída de 10 mil judeus de Pruzany.
Ele conta que havia boatos de que eles seriam levados a campos de concentração, mas que ele e a família resolveram se esconder em um local que havia debaixo da casa onde moravam. Saíram apenas 18 dias depois e moraram na floresta. Eles foram refugiados por dois anos até emigrar para o Brooklyn em 1948. Depois, souberam que o resto da família morreu em Auschwitz, incluindo a filha de 5 anos.
A família e dois filhos reconstruiu a vida em Nova York. Ele dirigiu um caminhão levando cerveja e soda, depois abriu uma loja de conveniência e depois foi taxista. Aos 95, escreveu suas memórias, intituladas “One more miracle” (Mais um milagre). Agora, o avô de cinco netos diz: “Estou seguro. Com o que mais devo me preocupar?”
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G1

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