segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Entenda como é feito o cálculo das notas do Enem


As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são calculadas a partir da teoria de resposta ao item (TRI). O cálculo final não soma a quantidade de respostas certas, mas a "qualidade" destas respostas. Na TRI, o foco é no item, como é chamada cada questão. A teoria é o conjunto de modelos que relacionam uma ou mais habilidades com a probabilidade de a pessoa acertar a resposta. Assim, dois candidatos podem acertar o mesmo número de questões, mas terão pontuações diferentes de acordo com quais questões ele acertou.
Pela teoria, o número de questões por nível de dificuldade em cada prova e as demais características dessas questões afetam o resultado. Assim, um candidato que acertar 40 questões não necessariamente terá uma nota final maior de outro que acertar 35.De acordo com o Inep, a TRI qualifica o item de acordo com três parâmetros: o poder de discriminação, que é a capacidade de um item distinguir os estudantes que têm a proficiência requisitada daqueles quem não a têm; o grau de dificuldade da questão; e a possibilidade de acerto ao acaso (chute).
“A TRI supõe que um aluno que acerte as questões mais difíceis deva acertar também as mais fáceis; se o candidato acertou as mais difíceis sem ter acertado outras mais fáceis, essa característica pode ser considerada como um ‘acerto no chute’. Já questões não respondidas são consideradas erradas e os acertos ao acaso, ou no ‘chute’, geram nota maior que o simples erro”, explica o diretor pedagógico do Sistema COC de Ensino, Zelci Clasen.
A professora Laura Pereira Aguiar, do Cursinho Popular da Universidade Federal de Juiz de Fora, dá a dica: “O candidato não deve perder tempo com as questões complicadas, e precisa ter a máxima atenção para não errar as questões de nível fácil e intermediário”.
Redação tem cálculo diferente
No Enem, somente a correção da prova de redação não é feita com base na TRI. A partir deste ano, a redação será corrigida por dois corretores de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final é composta de cinco notas, que avaliam competências específicas do candidato.

A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores. Caso haja discrepância de 200 pontos ou mais na nota final atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1.000), ou de 80 pontos ou mais em pelo menos uma das competências, a redação passará por um terceiro corretor, em um mecanismo que o Inep chama de "recurso de oficio".
Se a discrepância persistir, uma banca certificadora composta por três avaliadores examinará a prova. Os candidatos poderão solicitar vistas da correção, porém não poderão pedir a revisão da nota.
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G1

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