A morte do bebê Rafael Azevedo Gonzaga de Matos Guilhamati, de 5 meses, ocorrida na tarde de terça-feira (11), após ele se engasgar com leite no berçário de uma creche particular de São Paulo, foi uma “fatalidade”, segundo o departamento jurídico do Colégio Maria José, fundado há 107 anos, na região central da capital paulista. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (12) pelo advogado da escola, João Ibaixe.
“A fatalidade ocorreu por falta de prestação de informação dos pais, que não informaram ao colégio, na ficha médica da criança, que ela tinha problema gastrointestinal de refluxo”, alega Ibaixe.
Segundo o advogado, a escola ligou para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) solicitando uma ambulância e para a mãe, ao tomar conhecimento que a criança se engasgou. "Mesmo ligando, a mãe não informou que o filho sofria de refluxo. Disse para a coordenadora algo como ‘basta dar um tapa nas costas que melhora’”, declarou Ibaixe. “A mãe só admitiu que a criança tinha refluxo no hospital, quando o médico falou que a criança morreu em decorrência desse problema”.Segundo o advogado, o colégio se exime de qualquer responsabilidade na morte do bebê. “A escola não é responsável sobre o evento morte. A causa dessa fatalidade foi justamente a falta de prestação de informações. Por isso, quanto ao evento morte a escola não se sente responsável porque não houve falha dos funcionários, da babá que deu o alimento, e da enfermeira que percebeu o problema da criança engasgada. Todas agiram de acordo com o procedimento e o socorro foi imediato", disse Ibaixe.
O G1 não conseguiu localizar os pais de Rafael para comentarem o assunto. O bebê havia sido matriculado recentemente e estava no seu segundo dia na creche quando morreu. O corpo da criança será sepultado nesta quarta, por volta das 16h, no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo, no ABC.
A Polícia Civil investiga o caso como morte suspeita. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 1ª Seccional de Flagrantes, o bebê se engastou quando tomou leite numa mamadeira, na unidade 2 do colégio, que fica na Rua Conselheiro Nedias, na região de Campos Elíseos, por volta das 14h de terça. O documento informa que funcionários chamaram o resgate, mas em virtude da demora no socorro, levaram a vítima de táxi ao Pronto Socorro do Hospital Barra Funda, onde morreu.
Em nota, a administração do hospital informou que o bebê chegou desacordado ao local. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu e morreu com parada cardiorrespiratória.
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G1
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