sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Aplicativo permite acionar o Samu pelo smartphone ou tablet

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) poderá ser acionado pelo smartphone ou tablet conectado à internet, por meio de um aplicativo que começa a ser implementado a partir de março deste ano, em 76 centrais de regulação no país. A novidade foi apresentada nesta quinta-feira pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta quinta-feira (30), em passagem pela Campus Party, evento de tecnologia realizado em São Paulo. A digitalização dos chamados deverá diminuir o tempo de espera para cada atendimento. Com apenas um toque, além de acionar o serviço, o solicitante poderá acompanhar na tela do dispositivo o trajeto percorrido pela ambulância até o local do atendimento. O app tem integração com as redes sociais Facebook e Waze.

No primeiro acesso, o cidadão deverá fornecer informações de saúde, por exemplo, se possui plano de saúde, se é hipertenso, diabético ou se tem alguma alergia. Os dados serão disponibilizados à equipe que prestará socorro. Com a sincronização ao Facebook, o usuário tem a opção de escolher familiares ou amigos para serem acionados automaticamente, em caso de emergência. O chamado também será exibido na página do usuário.

Com o fornecimento da identificação e localização de forma instantânea, a expectativa é diminuir o tempo de resposta para cada atendimento. O sistema funcionará em fase de testes no Carnaval de Salvador (BA) e durante a Copa do Mundo.

O aplicativo funciona integrado ao sistema E-SUS Samu, que é disponibilizado gratuitamente aos aos gestores e proporciona mais controle, na medida em que os profissionais envolvidos poderão acompanhar cada passo do atendimento ao cidadão, desde a identificação da unidade deslocada, o percurso feito pela ambulância, o acolhimento e a área de transferência para uma unidade de pronto-socorro. 

Pela internet e em tempo real, os gestores poderão verificar o que está acontecendo em uma determinada central e checar quais ambulâncias estão em atendimento, quais estão paradas e o motivo. Para isso, o sistema usará os mapas da rede de GPS Waze, que sugere rotas alternativas para fugir de áreas com trânsito lento e agilizar o serviço.

Não há previsão para que o serviço comece a funcionar em Sorocaba. A central integrada do Samu na cidade informou que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial do Ministério da Saúde sobre o assunto. De acordo com o ministério, as centrais de regulação que já utilizam outros sistemas de gestão informatizados poderão mantê-los ou solicitar a atualização ao E-SUS Samu. As centrais sem sistema informatizado serão convidadas a conhecer a ferramenta e aderir a ela até dezembro de 2014. A partir de março, o sistema começa a ser implementado em 76 centrais de todo o país que utilizam o antigo sistema do Ministério da Saúde e devem migrar para o programa que faz uso do aplicativo, como Manaus (AM), Cuiabá (MT), Natal (RN), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Santo André (SP) e Euzébio (CE).

Inovação para a saúde pública

Durante o evento, o ministro também convidou os participantes a criar soluções em tecnologia voltadas para a melhoria da saúde pública. Os projetos devem ser inscritos na segunda edição do prêmio Cecília Donnangelo de Ouvidoria SUS, que será lançado no segundo semestre deste ano. 

A ideia é identificar, principalmente, propostas de inovação tecnológica para relacionamento com cidadãos com deficiência auditiva ou visual, por exemplo. "Eu gosto muito de aplicativos para transparência, para a população acompanhar os recursos, os gastos, controle e combate ao desperdício. O que vocês pensarem pode ajudar a saúde e nós precisamos de vocês", declarou o ministro.

Aplicativo MedSUS oferece lista de medicamentos gratuitos

Outra iniciativa do ministério anunciada por Padilha é o aplicativo MedSUS, que facilitará a prescrição de medicamentos disponíveis na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Com ele, o profissional da saúde terá todas as informações gerais dos medicamentos, tais como princípio ativo, nome comercial, apresentação e indicação, precauções e contra-indicações. "Muitas vezes, na hora de fazer a receita o médico não sabe o medicamento que está disponível pelo SUS e às vezes prescreve algum que tem um outro nome ou marca. Ou, às vezes, ele deixa de prescrever para o paciente por não saber se o SUS garante o medicamento. Agora, o profissional médico, com esse aplicativo, vai ter acesso a toda lista e vai poder prescrever o medicamento, melhorando a saúde da população", explicou.
Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/

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