quarta-feira, 28 de maio de 2014

Comitê anticrise quer que Sabesp reavalie retirada de água do Cantareira

 O governador de São Paulo, Geraldo   Alckmin (PSDB), acionou esta manhã as   bombas de captação do volume morto da   Represa Jaguari Jacareí, na divisa dos   municípios de Joanópolis e Piracaia,   que fazem parte do Sistema Cantareira (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)
O comitê anticrise que acompanha o esvaziamento do Sistema Cantareira recomendou à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que reavalie a sua operação no sistema.
Segundo comunicado publicado na terça-feira (27) pelo grupo técnico, gerido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) de São Paulo, a Sabesp deve levar em conta um "cenário mais desfavorável" ao realizar planos de extração de água dos reservatórios.
A quantidade de água que entrou no sistema nesse ano foi 28% menor do que o mínimo registrado entre 1930 e 2013, segundo o comunicado. O pedido do comitê é que a Sabesp considere cenários ainda piores para determinar quanta água vai retirar das represas a cada mês.
Além disso, o comitê pede que o cenário seja reavaliado a cada 15 dias pela Sabesp para "garantir condições mínimas operacionais ao Sistema até 30 de novembro de 2014".A previsão atual é de retirar dos quatro principais reservatórios do Cantareira 22,2 mil litros por segundo em média até novembro. Este mês é quando acabaria o volume morto, bombeado desde o dia 15 numa tentativa de contornar a falta de água nas represas. O governo conta a próxima estação de chuvas, que começa em outubro, possa encher as represas.
A redução na retirada de água das represas do Cantareira já vem sendo adotada desde o início do ano. No dia 13 de março, a vazão captada passou de 33 metros cúbicos por segundo para 27,9 metros cúbicos por segundo, por determinação da ANA.
A Sabesp informou que os números referentes à vazão de água do Sistema Cantareira estão sendo reavaliados pela companhia e serão apresentados na próxima reunião do comitê anticrise.
Sistema Cantareira
Nesta terça-feira (28), o volume acumulado do Cantareira chegou a 25,3% após dia com 0,1 milímetro de chuva. Desse total, 18,5% vem do fundo dos reservatórios, o chamado 'volume morto', que começou a ser usado em 15 de maio.

A falta de chuvas continua sendo um fator fundamental para o desabastecimento. Em maio, a pluviosidade registrada no Sistema Cantareira foi de 37,3 mm. O esprado para o mês, no entanto, é 83,2 mm.
G1

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