quarta-feira, 11 de julho de 2012

Após negociação com Ministério da Saúde, indígenas soltam reféns na PB


Foram liberados por volta das 16h desta terça-feira (10), os dois funcionários da Sesai que foram mantidos reféns por indígenas potiguaras desde a manhã desta segunda-feira (9) na aldeia Ibiraquara, emMarcação, no Litoral Norte paraibano.

A ação dos índios é para chamar atenção das autoridades e pedir melhorias na saúde. O Ministério do Saúde enviou nota às 16h30 comunicando que os reféns foram liberados e marcando uma reunião no dia 31 de julho para discutir a reivindicação dos indígenas. Na reunião, também será apresentado o plano estratégico do ministério para diminuir as taxas de mortalidade infantil e combate à desnutrição.

O Ministério da Saúde também informou que vai dispensar a chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara, Roberta Amaral, conforme exigido pelos índios. Segundo a assessoria, a Sesai de Brasília está enviando uma equipe de servidores para apoiar o distrito nos encaminhamentos mais urgentes referentes à gestão, à assistência e ao saneamento.

Pouco antes de serem liberados, o homem e a mulher feitos reféns pediam a presença de autoridades: "Eu peço a presença do doutor Odon Bezerra, como presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, que ele se me movimente junto com a Comissão de Prerrogativas. Que traga também o procurador federal e respostas de Brasília, do Ministério da Saúde, da Funai, da Poícia Federal”, apelou um dos reféns, o supervisor do Imip, Jean Miguel Formiga. “Nós estamos sozinhos aqui”.
Entenda o caso“A gente trabalha com a causa indígena, eu estou há 14 anos na saúde indígena, tentando ajudar, querendo o melhor para a saúde do povo potiguara e a gente se sente injustiçado por estar aqui. Na realidade, nós não fizemos nenhum mal à comunidade indígena para a gente estar assim isolado aqui dentro”, lamentou a chefe.
Os índios das cidades de Marcação, Rio Tinto e Baía da Traição prenderam os dois, que são funcionários da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), para reivindicar melhorias na saúde dos povos indígenas e a saída da chefe do Sesai na Paraíba, Roberta Amaral, que também estava sendo mantida refém.

g1

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