quarta-feira, 11 de julho de 2012

Premiê espanhol anuncia novas medidas para cortar gastos


O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, anunciou nesta quarta-feira (11) novas medidas de ajuste destinadas a reativar a economia do país, que incluem uma reforma da administração e um aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA).
Premiê espanhol Mariano Rajoy gesticula durante sessão no parlamento em Madri, nesta quarta-feira (11) (Foto: Reuters)
O novo pacote de medidas de ajuste exigido por Bruxelas representa, incluindo novos cortes e arrecadação, 65 bilhões de euros até o fim de 2014, segundo Rajoy.
"Em seu conjunto, o pacote de consolidação fiscal, incluindo arrecadação e redução de gastos, representará uma quantia de 65 bilhões de euros nos próximos dois anos e meio", declarou o primeiro-ministro.
Nesta segunda-feira (9), a zona do euro obteve um "acordo político" sobre a recapitalização financeira da Espanha, na reunião celebrada em Bruxelas, em meio ao crescente temor sobre a dívida espanhola. Em coletiva à imprensa, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker disse que 30 bilhões de euros serão disponibilizados para a Espanha até o fim do mês, "para necessidades urgentes do setor bancário".

O IVA reduzido para alguns produtos subirá de 8% a 10%, informou o chefe de governo, mas o imposto permanecerá em 4% para produtos de primeira necessidade, que incluem alimentos básicos.
Entre as medidas o destaque é o aumento do IVA, de 18% a 21%, assim como a alta dos impostos sobre o tabaco e uma reforma das taxas no setor do meio ambiente. A medida era rejeitada pelo governo, mas foi exigida pela Comissão Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Rajoy também anunciou uma reforma da administração que deve permitir uma economia de 3,5 bilhões de euros.
A reforma prevê a redução do número de empresas públicas e uma diminuição de 30% do número de vereadores.
A União Europeia aliviou a situação da Espanha, que entrou em recessão no primeiro trimestre, e deu um ano a mais, até 2014, para o país reduzir o déficit público a menos de 3% do PIB.
Depois de ter aprovado um orçamento austero para 2012, a Espanha deve intensificar os esforços e terá que aplicar "medidas adicionais", destacou Rajoy aos deputados, depois que o governo obteve de Bruxelas uma suavização da meta de redução do déficit.
g1

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