quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cinegrafista amador registra pouso de paraquedista após acidente no ar


Um cinegrafista amador registrou o momento em que o paraquedista Alex Adelmann, de 33 anos, pousou em solo após ser atingido pela asa do avião emBoituva (SP).
Adelmann morreu. Ele acompanhava dois paraquedistas que fariam um salto duplo de instrução. O objetivo era filmar o salto para depois corrigir e aprimorar os movimentos.
Segundo o advogado da família de Adelmann, o instrutor e os alunos saltaram do avião praticamente juntos. Por causa da velocidade, os paraquedistas foram impulsionados para a frente nos primeiros segundos de queda livre. Neste momento, de acordo com a família, o piloto da aeronave teria feito um mergulho na direção dos três, atingindo Alex com a asa esquerda, na altura da nuca. Com o impacto, ele foi projetado violentamente contra os alunos.
Imagens feitas pela polícia mostram o estrago provocado pelo impacto na asa da aeronave. Um funcionário do Centro de Paraquedismo, onde houve o acidenteu, contou que o piloto comunicou o acidente pelo rádio. “O piloto, na comunicação, disse que havia se chocado, que havia danificado um pouco a asa, e tinha batido em uma pessoa em queda livre. Então a gente saiu no sentido de auxilio mesmo, de tentar prestar pelo menos os primeiros socorros”, afirma.

Para o presidente da Federação Paulista de Paraquedismo, Francisco Leite de Carvalho, houve erro no procedimento. “O que aconteceu ai, vamos dizer, vamos considerar ai, não foi fatalidade. É sim uma quebra de normas. Jamais poderia ter acontecido um fato desse, de uma aeronave chocar com paraquedista no ar”, ressalta.
As imagens amadoras mostram o momento em que Alex se aproximava do solo, inconsciente, e o socorro aos outros dois paraquedistas. O funcionário do Centro disse que percebeu que havia algo errado. “Eu falei: o paraquedas dele não abriu, o paraquedas dele não abriu. De repente, acho que o principal e o reserva abriram”, conta.
O piloto do avião esteve na noite de segunda-feira (9) na delegacia e afirmou que não fez nenhuma manobra arriscada. O investigador Raul Carvalho ouviu o piloto e os dois sobreviventes e afirma: “Eles colocaram uma velocidade um pouco acima do normal para o salto. Fizeram um salto com maior velocidade e isso não foi avisado, segundo o próprio piloto, pelos componentes da equipe que estavam no ar. Então ele desceu também em velocidade mais compatível com a descida deles, em média 300km por hora”, afirma.
Técnicos da aeronáutica também passaram o dia no Centro de Paraquedismo.
A policia já requisitou os equipamentos usados pelos paraquedistas, inclusive o capacete com a câmera que pode ter gravado o acidente. O delegado não descarta fazer uma acareação entre o piloto e os paraquedistas.
g1

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