domingo, 20 de novembro de 2011

Liga Árabe rejeita pedido da Síria para mudanças em missão


A Liga Árabe rejeitou neste domingo (20) um pedido do governo sírio para mudanças nos planos da organização para o envio de uma missão de observação ao país, onde tanques e tropas têm sido usados para reprimir protestos contra o presidente Bashar al-Assad, informou a TV estatal egípcia.
Segundo a emissora, a Liga Árabe rejeitou o pedido feito em uma carta de seu secretário-geral, Nabil Elarabym, enviada para o Ministério de Relações Exteriores sírio. A Liga pretende enviar uma missão com 500 pessoas para a Síria. Na carta, a Liga informou que as mudanças pedidas pelo governo sírio mudariam a natureza da missão. A entidade está buscando uma saída negociada regionalmente para a situação na Síria, onde manifestantes exigem a saída do ditador Assad.
assad (Foto: AP)Manitestantes tomam as ruas de Damasco neste domingo em manifestação pró-governo (Foto: AP)
Apesar da rejeição do pedido de Damasco, a ida da missão para o país ainda depende da assinatura de um protocolo pelo governo sírio, concordando com a operação. É incerto, no momento, quando isso possa ocorrer.
Um ultimato dado pela Liga Árabe ao país para o fim da repressão violenta dos protestos antigoverno terminou na noite de sábado (19), mas não há sinais de que os confrontos estejam diminuindo.

Assad aceitou em princípio o plano de paz do grupo de nações árabes, mas propôs mudanças no número de observadores a ser enviado ao país, que seria reduzido de 500 para 40. O papel dos observadores seria supervisionar a implementação do plano de paz, que prevê que o governo pare de atacar manifestantes, retire militares de áreas de tensão e comece negociações com a oposição.
As alterações estão sendo analisadas pela Liga Árabe, mas críticos dizem que a negociação é apenas uma manobra do governo sírio para ganhar tempo. O presidente prometeu realizar eleições em fevereiro ou março, quando os sírios escolheriam representantes no Parlamento para criar uma nova constituição.
Granadas
Duas granadas atingiram na madrugada de domingo (20) o edifício do Partido Baath na capital Damasco, segundo relatos de moradores e ativistas. Se confirmado, este seria o primeiro ataque do tipo na capital, desde o início do levante contra o governo do presidente Bashar al-Assad em março.
O ataque ocorreu horas depois do fim de um prazo estabelecido pela Liga Árabe para que a Síria encerre sua repressão contra os manifestantes, sem sinais de que a violência está diminuindo. "A polícia bloqueou a praça onde o braço do Baath em Damasco está localizado. Mas eu vi fumaça subindo do prédio e caminhões dos bombeiros ao redor"' afirmou uma testemunha.

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