sexta-feira, 18 de outubro de 2013

TCU vê superlotação e problemas de estrutura em hospitais da Paraíba

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou problemas em quatro hospitais de urgência e emergência de três cidades da Paraíba. Após realizar inspeções, o órgão constatou superlotação, demora na realização de cirurgias eletivas e também problemas de infraestrutura. Nas quatro unidades, segundo o TCU,  foi constatada superlotação nos setores de emergência e urgência, com uso quase constante de leitos extras e até com dificuldade de transitar entre os leitos.
Os estabelecimentos fiscalizados foram o Hospital Ortotrauma  e o Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa, o Hospital de Emergência de Trauma de Campina Grande e também o Regional de Patos, no Sertão do estado. Das quatro, três unidades são mantidas pelo governo do Estado e uma é administrada pela prefeitura de João Pessoa. O relatório faz parte de um processo aberto pelo TCU para avaliar a qualidade do atendimento à saúde feito com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Já a diretora do Regional de Patos, Sílvia Ximenes, afirmou que as informações do TCU são pertinentes e explicou que as medidas já estão sendo tomadas para sanar as falhas. Ela destacou que já existe um projeto para reforma e ampliação da Unidade de Terapia Intensiva.As inspeções aconteceram entre os dias 1º de agosto a 30 de setembro deste ano. O objetivo foi conhecer a organização e o funcionamento dos estabelecimentos que possuem mais de 50 leitos.


Foi verificado também que os pacientes enfrentavam dificuldade para encontrar vagas de internação e demora para realizar consultas ambulatoriais e exames. Outro problema encontrado foram as longas filas para as cirurgias eletivas.



No Ortotrauma, por exemplo, existiam 1,4 mil pessoas aguardando para fazer operações ortopédicas. O TCU também encontrou pacientes internados sem previsão de fazer a cirurgia, por falta de vagas nas unidades de tratamento pós-operatório. Ainda de acordo com o relatório, os técnicos descobriram que alguns médicos não cumprem integralmente o horário de trabalho.



O TCU apontou ainda que a proporção de leitos na Paraíba para cada grupo de mil habitantes é  menor do que o recomendado. No estado são 2,4 leitos custeados pelo SUS, quando o Ministério da Saúde recomenda uma existência média de 2,5 a 3 leitos.



Para o tribunal , as dificuldades na Saúde são consequência da falta de regulação no serviço. O órgão adverte que a superlotação, por exemplo, prejudica a qualidade no atendimento e aumenta os riscos de infecção hospitalar.



O relatório sugeriu a implantação do sistema de regulação no governo do Estado, para facilitar o acesso de pacientes aos serviços de emergência e urgência e que ainda fosse melhorado o funcionamento do Programa de Saúde da Família (PSF).



O que dizem os responsáveis
Procurado pelo G1 o secretário de Saúde da Paraíba, Waldson de Souza, disse, por meio da assessoria, que não foi comunicado oficialmente sobre o relatório do Tribunal de Contas da União e só poderia se pronunciar quando avaliasse o documento. Resposta similar a de Waldson foi dada pela diretora do Ortotrauma, Adriana Lobão.

G1pb

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